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Enciclopédia Multimídia Da Arte Universal Vol. 4.img
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1997-11-20
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58 lines
ARTE ISL┬MICA
No ano de 622, o profeta MaomΘ se exilou
(hΘgira) na cidade de Yatrib e para aquela
que desde entπo se conhece como Medina
(Madinat al-Nabi, cidade do profeta). De lß,
sob a orientaτπo dos califas, sucessores do
profeta, comeτou a rßpida expansπo do Islπ
atΘ a Palestina, Sφria, PΘrsia, ═ndia, ┴sia
Menor, Norte da ┴frica e Espanha. De
origem n⌠made, os muτulmanos
demoraram certo tempo para estabelecer-se
definitivamente e assentar as bases de uma
estΘtica pr≤pria com a qual se
identificassem.
Ao fazer isso, inevitavelmente devem ter
absorvido traτos estilφsticos dos povos
conquistados, que no entanto souberam
adaptar muito bem ao seu modo de pensar
e sentir, transformando-os em seus pr≤prios
sinais de identidade. Foi assim que as
c·pulas bizantinas coroaram suas
mesquitas, e os esplΩndidos tapetes persas,
combinados com os coloridos mosaicos, as
decoraram. Aparentemente sensual, a arte
islΓmica foi na realidade, desde seu inφcio,
conceitual e religiosa.
No Γmbito sagrado evitou-se a arte
figurativa, concentrando-se no geomΘtrico
e abstrato, mais simb≤lico do que
transcendental. A representaτπo figurativa
era considerada uma mß imitaτπo de uma
realidade fugaz e fictφcia. Daφ o emprego de
formas como os arabescos, resultado da
combinaτπo de traτos ornamentais com
caligrafia, que desempenham duas funτ⌡es:
lembrar o verbo divino e alegrar a vista. As
letras lavradas na parede lembram o
ne≤fito, que contempla uma obra feita para
deus.
Na complexidade de sua anßlise, a arte
islΓmica se mostra, no inφcio, como
exclusividade das classes altas e dos
prφncipes mecenas, que eram os ·nicos
economicamente capazes de construir
mesquitas, madrastos, mausolΘus e
mosteiros. No entanto, na funτπo de
governantes e guardiπes do povo e
conscientes da importΓncia da religiπo
como base para a organizaτπo polφtica e
social, eles realizavam suas obras para a
comunidade de acordo com os preceitos
muτulmanos: oraτπo, esmola, jejum e
peregrinaτπo.